sexta-feira, 22 de março de 2013

Os bizarros transplantes de cabeça feitos em insetos

Se transplantar órgãos já é complexo, imagine transplantar… cabeças. Curiosamente, cientistas realizam esse procedimento com diversos tipos de insetos há pelo menos 90 anos.
Em 1923, o biólogo Walter Finkler relatou que conseguiu fazer isso com bichos-da-farinha, borboletas e insetos da família Corixidae, tanto adultos como larvas. Além disso, ao contrário do que poderíamos imaginar, o procedimento é simples: bastou remover a cabeça de dois insetos (usando uma lâmina) e colocar uma no corpo do outro – os fluidos que saíam dos cortes ajudavam a “colar” a cabeça no lugar. Em questão de algumas semanas, os insetos se recuperavam e usavam seus novos corpos normalmente, sem mudar de comportamento – Finkler contou que fêmeas continuavam a agir como fêmeas, e que borboletas mantinham os hábitos de sua própria espécie mesmo quando tinham a cabeça colocada no corpo de outra.
No ano seguinte, periódicos começaram a publicar cartas de outros cientistas sobre o tema. Um deles, J. T. Cunningham, relatou que fez a experiência com bichos-da-farinha sem obter sucesso: apenas os corpos continuavam respondendo a estímulos, e as cabeças “morriam” – o que ao menos mostrou como alguns insetos são capazes de sobreviver mesmo decapitados, ao contrário do que ocorre com outros animais.
Entre as descobertas feitas sobre insetos ao longo das últimas décadas, uma especialmente perturbadora é a de que um cérebro sequer precisa ser transplantado para a cabeça do inseto para “funcionar”: larvas de certas espécies de mariposa demonstraram mudanças de metabolismo graças a cérebros implantados em seus abdomens.[io9, Nature, ScienceDirect]
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