Em 1923, o biólogo Walter Finkler relatou que conseguiu fazer isso com bichos-da-farinha, borboletas e insetos da família Corixidae, tanto adultos como larvas. Além disso, ao contrário do que poderíamos imaginar, o procedimento é simples: bastou remover a cabeça de dois insetos (usando uma lâmina) e colocar uma no corpo do outro – os fluidos que saíam dos cortes ajudavam a “colar” a cabeça no lugar. Em questão de algumas semanas, os insetos se recuperavam e usavam seus novos corpos normalmente, sem mudar de comportamento – Finkler contou que fêmeas continuavam a agir como fêmeas, e que borboletas mantinham os hábitos de sua própria espécie mesmo quando tinham a cabeça colocada no corpo de outra.
No ano seguinte, periódicos começaram a publicar cartas de outros cientistas sobre o tema. Um deles, J. T. Cunningham, relatou que fez a experiência com bichos-da-farinha sem obter sucesso: apenas os corpos continuavam respondendo a estímulos, e as cabeças “morriam” – o que ao menos mostrou como alguns insetos são capazes de sobreviver mesmo decapitados, ao contrário do que ocorre com outros animais.

Nenhum comentário:
Postar um comentário